segunda-feira, 24 de maio de 2010

Nhoque, molho de tomates, frango e agrião!

Hoje literalmente madruguei. O pensamento fluindo a mil logo cedo. A coberta a mais na cama prevendo um frio que não existiu também ajudou. Tentei tirá-la e voltar a dormir mas não teve jeito. Resolvi levantar e vir pra cá pra esvaziar a mente.

Abrindo colchetes [Antes de colocar essas linhas já fiz o Twitter conversar com o blog (veja acima sempre a última piada!) e com o Facebook! Tive que me virar sozinho já que meus dois pedidos pra Ana foram em vão (cê fica me devendo!). Estou adorando toda essa conectividade!] *prefiro os colchetes aos parêntesis - são mais bonitos!

Ontem fui questionado como posso sentir falta de alguém que vi e convivi apenas durante um dia. Não soube responder na hora. Nem sempre consigo racionalizar de bate-pronto meus sentimentos. Sou loiro! Dá um desconto! ;D Fiquei martelando nesse pensamento o resto da noite junto com duas taças de vinho. Fui dormir sem respostas. Acordei cedo com uma lembrança de infância.

Quando minha avó ainda cozinhava (ela parou há alguns anos por ser uma mulher de vanguarda e não se comportar sempre como todas as vozinhas fofinhas e bonitinhas dos livros de histórias), um dos meus pratos prediletos era nhoque com molho vermelho feito com coxinhas da asa de frango e salada de agrião. A combinação desses quatro ingredientes - nhoque, molho de tomates, frango e agrião - me faz viajar no tempo e ficar emocionado. O nhoque precisa ser feito em casa com batatas e pitadas de noz moscada certo?! Senão não vale!

Tudo bem que o trabalho todo era liderado pelo meu avô (sinto falta dele...) e todos em casa ajudavam na feitura dessa lembrança gostosa de tempos idos. Enchíamos a mesa da cozinha de farinha  onde a massa do nhoque era aberta. Gostava muito de fazer as minhocas com a massa e depois cortá-las em pequenos e saborosos pedaços crus que seriam cozidos. A gente se entupia de nhoque cru antes da refeição (às escondidas claro! O proibido é sempre mais gostoso!).

Era um momento especial de almoço em família, de trabalho e cooperação. Talvez esses sabores me emocionem por me remeterem a tudo isso. O sentimento de amor, carinho, respeito e aprendizado nesses momentos ternos em minha casa em Joinville ficou eternizado nesse prato tão especial pra mim (e em tantas outras lembranças que vão e vem).

E muitos outros momentos importantes pra mim são eternizados em meus pensamentos de alguma maneira. Através de sabores, cheiros, imagens e sentimentos. Por isso tenho a certeza de que fatos especiais em minha vida, como conhecer alguém que eu considere importante de algum modo, podem ser breves, mas se forem intensos já terão valido a pena!

Sim, posso sentir falta de alguém que conheci durante apenas um dia todo. Assim como sinto falta do nhoque feito em casa em família... E tenho certeza que bastou experimentar apenas uma vez para eu me apaixonar por esses sabores.

Nada mais que isso.

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