quinta-feira, 29 de abril de 2010

Yes! Nós temos Maliculina!

Não posso começar essa postagem sem antes mencionar o tormento que tenho sofrido nesse último ano todas as terças e quintas a noite durante minhas aulas na pós-graduação. Minha prima torta, que também reside sobre a sombra do Teixo, infernizou minha vida nesses últimos tempos para postar sobre este tema tão considerado por ela. Obrigado Bia pela insistência, carinho e amizade! Segue abaixo!

Há mais ou menos uns dois anos atrás, quando minha vida deu uma reviravolta muito grande com minha demissão inesperada e a perda de tudo que já havia construído por aqui, fui morar com uma amiga conhecida que me adotou como um animalzinho abandonado (ela já havia adotado mais dois animais antes de mim, uma pug com a língua pra fora chamada Ana Julia e uma gata atropelada e incapacitada de grandes saltos chamada Lilica). Sim, na época apenas amiga conhecida pois depois dos nove meses de convivência intensa (nasceu!) criamos um vínculo afetivo bem maior. Hoje a considero uma grande amiga (obrigado por tudo sempre Lu!). Nesse casamento (foi perfeito como muitos casamentos - a gente nem transava também!) e durante nossas trocas diárias de informação foi-me apresentado por ela o termo Maliculina - grande teoria do pai médico da Lu. E o que é isso??? Pois bem, a Maliculina vem a ser uma proteína ligada ao grau de maluquice muito presente nos seres humanos. Todos somos emissores e receptores de Maliculina considerando que ela gera um campo de emissão e atração ao nosso redor, em maior ou menor grau. Alguns emitem mais Maliculina e outros atraem mais Maliculina, e outros ainda tem ambas energias digamos assim, muito bem desenvolvidas. Penso hoje, depois de alguns anos de reflexão e experiências Maliculínicas, que ela pode ser nata e/ou desenvolvida durante toda nossa vida.

E o que isso implica na vida de todos? Esta é a questão. Quando pessoas com alta concentração de Maliculina no organismo se encontram e estão próximas, a probabilidade de coisas bizarras acontecerem é incrivelmente grande! Pense comigo e faça as suas contas. Pense nas coisas bizarras que lhe aconteceram em sua vida e lembre-se daquele amigo maluco com alto teor de Maliculina do seu lado sempre. Sim! Você também tem uma alta concentração de Maliculina para ter atraído este ser para você!

Vou narrar dois fatos exemplificando a atuação da Maliculina em minha existência. Fato 01. Estava eu sentado num café com um amigo conversando sobre a vida, numa conversa altamente carregada de Maliculina é claro, quando uma senhora entre seus 50 e 60 anos mete a cabeça entre nós (estávamos num sofá tomando nosso café) dizendo que não poderia deixar de comentar sobre nossa conversa (olha a Maliculina em ação!!!). Papo vai, papo vem, ela nos disse que estava sendo perseguida há anos, que mudava de endereço sempre, de nome e vivia com medo. Praticamente uma fugitiva judia correndo dos alemães, tirando claro o descompasso temporal. Olhei para esse amigo e disse: "Cara, você tem muita Maliculina dentro de você. Não podemos mais nos ver! É  perigoso!" Nunca mais o encontrei. Tenho medo dessas coisas. Mas ele me disse em algum encontro por acaso (os Maliculinos, que são os portadores de Maliculina, se atraem sempre! Impossível fugir!) que reencontrou aquela senhora no mesmo café um outro dia e conversaram muito! Eu hein! Evito esse café sempre que posso.

Fato 02. A Maliculina não é uma proteína presente apenas nos seres humanos. Encontramos uma grande parte de animais que também são Maliculinos. Se você se identifica com tudo acima e possui um animal de estimação o avalie com atenção. Ele é maluquinho, não é mesmo?! Parte da educação Maliculina dele se deve a você, é claro. Mas se ele não fosse um Maliculino em potencial jamais teria chegado as suas mãos. Meu gato chamado Tigor, por exemplo, acha que é um cachorro. Ele atende vários chamados pelo nome, assobios e quando jogo sua cordinha (seu brinquedo mequetrefe favorito! A bola cara ele nem liga!) ele sai correndo buscá-la e a coloca junto a mim para repetir infinitamente a brincadeira. Ele é portador de Maliculina sim. E o educo para ser assim também! Afinal. não posso evitar e lutar contra essa informação. Mas o fato não é esse. Estava eu passeando com a Ana Julia (cadela da Lu já apresentada acima), uma pug deliciosa de apertar e esganar (ela adora brincadeiras brutas, claro) quando na esquina de casa ela estaca no chão de repente. Meu braço fica pra trás preso na coleira atada aquele ser troncudinho. Olho pro cachorrinho sentado com a cara de pau mais simpática do mundo (acreditem, ela é a Miss Simpatia do bairro) me encarando. Um cara passa na rua e vê a situação bizarra. Eu tentando puxar o cachorro pela coleira insistentemente. Afinal, não tínhamos nem saído da quadra de casa e ela não tinha feito nem o número 1 muito menos o número 2! O mesmo cara comenta: "Tadinho do cachorro, tá cansado." Comento: "Cansado??? A gente tá na esquina de casa!" Ele retruca com cara de indignação devido a sua sapiência com animais: "Mas ela tá com a língua de fora!". Sentencio: "Ela tem a língua pra fora!". Ele sem acreditar que o cachorrinho era daquele jeito se afasta certo de que eu era o ser humano mais maldoso com os animais naquele momento fazendo o pobre animal ser arrastado pela coleira quilômetros sem fim até esgotado colocar a língua pra fora e se entregar a exaustão.

Bom, se depois de tudo isso você ainda desconfiar que a Maliculina é lenda ou não existe de verdade é porque sua hora não chegou! Fique atento! Mais dia, menos dia, um Maliculino vai esbarrar em você, e você vai lembrar de tudo isso. Corra o mais rápido que puder! Ou faça como eu, abrace seu amigo Maliculino e vivam todas as bizarrices que esta fantástica proteína pode lhes oferecer!

Yes! Nós temos Maliculina (eu, o Tigor, a Lu, a Ana Júlia e a Bia!!!)